Revolução do Audiovisual por meio das Mídias Digitais.Uma verdadeira revolução explode no início da década de 1990... A democratização da produção de vídeos tendo a Sony como protagonista com suas máquinas Mavica, por exemplo, fez o que antes era monopólio do cinema e da TV chegar às mãos de gente comum que passaria a registrar momentos particulares, olhares peculiares, sem a motivação comercial. Nascem assim os videomakers, produtores independentes de conteúdo para vídeo. Quando se imaginava que a revolução da imagem e da tecnologia estagnaria aí, viu-se maquinas sendo aperfeiçoadas mais e mais e então, novas revoluções surgem por meio dos computadores pessoais, dos aparelhos de telefonia móvel, da internet cada vez mais rápida, de um mundo cada vez mais globalizado, do computador na palma das nossas mãos substituindo a função de operar chamadas telefônicas enquanto aparelhos celulares... E assim, velozes, chegamos a 2016, tempo onde tudo parece saturado. Mas é provável que não, pois sempre há nova revolução em se tratando de nós seres humanos e da nossa capacidade de velocidade nas inovações tecnológicas que produzimos. Falamos das máquinas e de suas funções sendo melhoradas por meio dos anos, mas há um fator crucial, fundamental por trás disso tudo e trata-se daquele que a pensa e a faz ser realidade, ou seja, o homem. As transformações que todas essas revoluções promoveram têm a ver intrinsicamente com as pessoas e a forma como elas se relacionam umas com as outras no dia a dia e na sociedade em que estão inseridas. Por meio das máquinas digitais e da rede que liga o mundo, os tais fazedores de vídeos se encontram agora com os produtores de conteúdo e opinião que assim como os videomakers não são exatamente profissionais ou não tem essa obrigação, mas são pessoas comuns que agora entendem que tem voz e visibilidade, e isso graças à internet. É maravilhoso ver como a democratização da produção de conteúdo audiovisual dá poder a quem antes era apenas a audiência, meros espectadores. Entretanto, assusta observar como esse poderio cria “monstros” da disseminação do ódio, os chamados haters (internautas que opinam sobre tudo, sempre com um postura raivosa, negativa), assusta observar também como essas ferramentas potencializam novas personagens e inflam seus egos, a essas podemos chamar de celebridades da web ou subcelebridades ou é gente talentosa mesmo que surge espontaneamente e que agora podem se tornar pop stars de um novo tempo onde todos podem filmar, escrever, falar, cantar, aliás, neste tempo cantores não se prendem mais à venda de CDs e sim a visualizações no Youtube, curtidas nas páginas do Facebook. É o tempo onde 140 caracteres do Twitter podem gerar polêmicas mil, hoje bem mais do que um tabloide sensacionalista poderia há não muito tempo atrás. É assustador de fato, não é mesmo? Mas ainda assim, é incrível e maravilhoso observar o “emponderamento” do individuo bem diante dos nossos olhos, ao pé do nosso ouvido e nas pontas dos dedos de nossas mãos.
Por Poliane Monteiro, estudante de Mídias Sociais Digitais pela Universidade Belas Artes de São Paulo. |